Pentecostais e cia., fanatismo perigoso

Postado originalmente no blog Férias do Clark. Os links descritos nesta postagem direcionam para os originais em referido blog.


Certa vez ouvi de um pastor que evangélico bom é aquele que faz barulho.

O pentecostalismo é uma doutrina cristã que se caracteriza pelo "sentir" a presença do Espírito Santo. De acordo com os seguidores dessa doutrina, esse "sentir" os deixa em êxtase, motivo pelo qual seus cultos são agitados. Não sou psiquiatra, mas como leigo imagino que o ambiente induza o indivíduo a um estado de transe.

Isso explicaria a glossolalia, um dos principais ritos apresentados pelas comunidades pentecostais. De acordo com a Wikipedia, "a glossolalia, nada mais é do que um fenômeno de psiquiatria e de estudos da linguagem, em geral ligado a situações de fervor religioso, em que o indivíduo crê expressar-se em uma língua por ele desconhecida, em geral inexistente, mas por ele tida como de origem divina; entretanto essas falas são caracterizadas pela repetição da cadeia sonora, sem qualquer significado sistemático e, ainda, com raras unidades linguísticas previsíveis, sendo o falante incapaz de repetir qualquer dos enunciados já pronunciados. Os praticantes creem reproduzir o fenômeno conhecido por dom de línguas, descrito no segundo capítulo dos Atos dos Apóstolos, embora no referido livro o fenômeno seja explicado não como a fala de uma língua estrangeira, pura e simplesmente, pelos apóstolos, mas sim o fato de os estrangeiros presentes em Jerusalém entenderem em seu próprio idioma o que estes diziam: 'porque cada um os ouvia falar na sua própria língua'."

Conjecturando que realmente tenha existido e que a história apresentada na Bíblia condiz, pelo menos em parte, com a realidade: será que Jesus, no Monte das Oliveiras, levantou os braços, pulou e gritou em altos brados: "Pai afasta de mim esse cááááliceeeeeeee..."?

Escuta envolve Feliciano em esquema de fraude; deputado nega

De acordo com a denúncia, deputados federais recebiam propina de empreiteiras para conseguir dinheiro para obras. Os lobistas procuravam os políticos sempre em nome de uma construtora, do Grupo Scamatti. A verba era liberada para obras de prefeituras do Estado de São Paulo por meio de emendas parlamentares. O esquema envolveria 78 prefeituras paulistas.

Um relatório do Ministério Público de São Paulo aponta a participação de deputados, senadores e ministros nas fraudes. Além disso, a investigação aponta o empresário Olívio Scamatti como chefe da quadrilha. Ele e outras 13 pessoas estão presas.

Escutas telefônicas de conversas ocorridas em 2010 citam os nomes de Otoniel Lima, hoje deputado federal pelo PRB, e Marco Feliciano, deputado federal pelo PSC, em suposto esquema de fraudes. Feliciano nega envolvimento. Otoniel Lima não foi encontrado pela reportagem do SBT para comentar as suspeitas. 

Everybody Hates Valdemiro


TJ nega recurso e pastora terá que devolver casa e carro à aposentada

O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ-MS) negou o recurso da pastora Julieta de Souza, que pretendia continuar com os bens Orlanda de Oliveira Rosa, de 80 anos. Ela alegou que os bens foram doados pela aposentada.

A decisão, da 5ª Câmara Cívil, presidida pelo desembargador Luiz Tadeu Barbosa e Silva, foi unânime para apontar que devolução. Em junho de 2012, a 4ª Vara Criminal de Campo Grande já havia determinado o sequestro dos bens de Orlanda que estavam em poder da pastora. O grupo é presidido pelo desembargador Vladimir Abreu da Silva, mas ele está de férias.

Julieta é pastora da Igreja Pentecostal Unidos da Fé. A idosa frequentava a igreja e passou uma procuração para a pastora poder movimentar a conta bancária dela e, em março de 2010, comprou uma casa no valor de R$ 535 mil para a líder religiosa, na rua do Rosário, Vila Célia.

Entres os bens estão a casa, um carro modelo Corolla e jóias. O golpe só foi descoberto no fim do ano passado. O advogado da idosa e o estagiário dele descobriram que era Julieta quem estava recebendo o dinheiro de acordos pecuários feitos por Orlanda. Foi então que a Polícia Civil entrou no caso e descobriu toda a situação.

A pastora Julieta Souza e o marido, Nelson Gimenes, foram indiciados por estelionato qualificado, por ter sido contra idoso, e também retenção de documentos. Julieta nega o estelionato e afirma que tudo o que conseguiu até hoje foi por meio de orações.

Vereadores empregam membros de igrejas e aprovam projetos em benefício de credos

Todas as quartas-feiras, quando o relógio se aproxima do meio-dia, é hora de alimentação espiritual no auditório da Câmara do Rio. Por 30 minutos, o vereador e bispo da Igreja Universal João Mendes de Jesus (PRB) faz o seu “Almoço com Deus”, um pequeno culto em que dá conselhos, ora e lê trechos da bíblia. Anteontem, também foi a vez de, à noite, a vereadora de origem judaica Teresa Bergher (PSDB) ocupar o plenário para comemorar os 65 anos do Estado de Israel, com direito a participação do Coral Israelita Brasileiro e entrega de uma medalha à diretora do Colégio TTH Bar-Ilan, Regina Fuks. Os dois eventos representam o lado visível de uma relação que parece cada vez mais próxima na Casa: a de política com religião. Dentro dos gabinetes, há outra face menos conhecida: uma legião de funcionários, que também atuam como representantes de seus credos, além da concepção de projetos voltados para benefícios de determinadas religiões.


Um levantamento feito pelo GLOBO na lista dos servidores mostra que um novato na Câmara já desponta entre os que mais empregam membros de sua igreja: é Alexandre Isquierdo (PMDB), eleito para seu primeiro mandato graças ao apoio da Assembleia de Deus Vitória em Cristo (Advec). No seu gabinete, há sete pessoas inscritas no ano passado com o próprio Isquierdo num evento conhecido como Escola de Líderes da Advec. Completam o time outros dois membros da igreja, além da cunhada do presidente, Silas Malafaia.

— Minha prioridade é o quadro técnico. Ao todo, são 27 servidores — argumenta Isquierdo.

Malafaia complementa:

— Quem elegeu o Isquierdo fui eu, isso é claro. Mas não interferi nas nomeações do gabinete. Só o aconselhei: ponha as pessoas que trabalharam com você e por você. Se eu tivesse indicado, poderia ter enchido de “Malafaias”, mas só tem um, a minha cunhada.

Outro marinheiro de primeira viagem que já está empregando os membros da sua igreja é Eliseu Kessler (PSD), da Assembleia de Deus de Campo Grande. Ele admite ter oito funcionários que “professam a mesma fé”, mas garante que seis têm nível superior e que o principal objetivo de seu mandato é “servir à população do Rio com profissionalismo e seriedade”. Pelo menos cinco servidores também seriam pastores.

Ainda nos gabinetes, outros casos que chamam a atenção são os de Jorge Braz (PMDB) e Tânia Bastos (PRB), ambos da Universal. O primeiro emprega Enir de Castro Pinto, que seria mulher do ex-deputado Bispo Rodrigues, envolvido no escândalo do mensalão. Já o assessor-chefe do gabinete de Tânia, Claudemir Mendonça de Andrade, teria sido citado em investigações da Polícia Federal como suposto “laranja” no processo de compra da Rede Record. As assessorias dos dois vereadores disseram se pautar por escolhas profissionais e não quiseram confirmar as relações dos dois funcionários, ou se tratam-se de homônimos.

Monumento à Bíblia e isenção para JMJ

A produção legislativa também reflete a influência da religião. Um caso emblemático recente foi a aprovação da isenção de ISS para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que aliás tem até uma comissão na Casa, liderada pelo católico Carlo Caiado (DEM). Apenas o ateu Renato Cinco (PSOL) votou contra o incentivo fiscal. Jorge Braz, da Universal, chegou a dizer que estava votando a favor pensando que poderia haver benefícios futuros a outros credos.

Este mês, a Casa ainda aprovou um projeto de um ex-vereador, dr. João Ricardo, que prevê a construção de um Monumento à Bíblia, na Zona Oeste. Por sua vez, a judia Teresa Bergher —que já conseguiu, por exemplo, aprovar uma lei que inclui o ano novo judaico no calendário oficial da cidade — se diz decepcionada por até hoje não ter transformado em realidade o projeto que aprovou, de construção de um memorial às vítimas do holocausto, no Aterro.

— Logo depois da eleição, em 2009, o prefeito foi a uma sinagoga e prometeu para 500 pessoas a construção, que seria transferida para a Barra, mas isso nunca aconteceu. Por sua vez, a prefeitura tem investido milhares de reais em eventos católicos e evangélicos — critica Teresa.

Idealizador do “Almoço com Deus” — onde na quarta retrasada aconselhou fiéis a orar como primeira atitude para a cura, ao falar de uma dor no joelho que sentia — João Mendes de Jesus já aprovou pelo menos duas leis que beneficiaram diretamente a sua igreja. Em 2009, incluiu no roteiro turístico do município o Centro Cultural Jerusalém, localizado na Catedral Mundial da Fé, da Universal, em Del Castilho. No ano passado, emplacou 9 de julho como a data oficial em homenagem à sua igreja. Através de sua assessoria, João Mendes defendeu o culto que realiza na Casa: “Reúne quem quiser orar a Deus. É realizado de forma discreta e não interfere nos trabalhos da Câmara”.

Fonte: O Globo.

Se com os gays é assim...

Chumbo trocado.

Planaltina aprova lei que cria Frente Parlamentar Evangélica

Muitas câmaras municipais têm bancada evangélica, em um fenômeno recente no Brasil do envolvimento de evangélicos na política.

Mas Planaltina, em Goiás, talvez seja a única cidade em que foi aprovada uma lei por iniciativa do Poder Executivo criando a Frente Parlamentar Evangélica Municipal, cujos integrantes serão escolhidos pelos vereadores. Normalmente, esse tipo de frente é informal.

A cidade tem de mais de 80 mil habitantes e fica a 273 km de Goiânia.

No dia 8 de abril, o prefeito em exercício Vilmar Caitano Ribeiro (PPS) sancionou a lei que cria esse tipo de representação no Poder Legislativo. O prefeito José Olinto Neto encontra-se afastado por motivo médico.

A lei estabelece que o principal objetivo da Frente Parlamentar Evangélica Municipal será “a defesa dos valores morais da família e cuidar dos interesses das igrejas evangélicas”, além de representar a Câmara em eventos evangélicos.

Trata-se de uma lei flagrantemente inconstitucional, porque a Constituição brasileira determina que todas as esfera de governo têm de se submeterem ao Estado laico.

Na prática, isso significa que o Poder Executivo e o Legislativo de Planaltina não podem privilegiar nenhuma crença religiosa, diferentemente do que, nesse caso, fez em relação à evangélica.

Independentemente disso, trata-se de uma lei esdrúxula, porque não cabe a qualquer instância de governo se preocupar com os “valores morais da família”, ainda mais a partir de uma ótica de uma crença que se destaca, muitas vezes, pelo seu conservadorismo sobre definição como deve ser constituída a própria família.

Lei 976/2013 de Planaltina.


Fonte: Paulopes.

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